terça-feira, 14 de julho de 2009

RESTAURAÇÃO APOSTÓLICA


A RESTAURAÇÃO DO MINISTÉRIO APOSTÓLICO


Sempre existiu o ministério apostólico; a história prova que essa função já
era operante mesmo nas missões pré-cristológicas, pois o apóstolo é aquele
que é enviado para uma missão específica. O patriarca Abraão é a figura do
primeiro apóstolo da fé: ele foi enviado para consolidar uma nação. Em
Gênesis 12:1-3 vemos Deus mesmo enviando-o para uma missão específica. Todos os grandes restauradores da história são figuras de apóstolos.

Esta palavra talvez tenha sobrevivido na linguagem popular sem uma
restauração do sentido verdadeiro. Talvez essa revelação tenha perdido a sua
substância, pelo próprio contexto histórico e pela falta da sustentação da
missão apostolar. Está chegando a hora de restaurarmos o sentido original.
De uma forma discreta, os escritos antigos (principalmente com Josefo, o
historiador de maior credibilidade histórico-teológica), admitem que esse
significado era reconhecido nos círculos judaicos, pois nestes não se perdeu
a essência e a importância da missão apostólica.

O termo “apóstolo” passou a
ganhar muita credibilidade e muito destaque na literatura cristã, apesar de
que não houve uma proposta de restauração de tão relevante função: tão
somente o título é constantemente citado. Na visão neo-testamentária vemos mais de oitenta ocorrências sobre este termo. Trata-se de uma palavra comumente usada na Bíblia e deriva-se do verbo grego apostellõ, o qual significa “ENVIAR”. Porém, existe algo mais forte que o “enviar”. Para que se envia? Este mistério, assim como este ministério, será restaurado plenamente no nosso milênio. Notamos que no Novo Testamento este ministério foi referendado por Jesus, por Paulo e demais apóstolos. Figuras de apóstolos no Novo Testamento
1. O Apóstolo dos apóstolos enviado para o Mundo. Esta é uma das expressões pelas quais podemos apresentar o Apóstolo Maior Jesus Cristo, o Senhor. Cristo Jesus é o apóstolo por excelência, é a base para o apostolado perfeito. Ele é reconhecido como tal por Deus Pai. Em Cristo vemos um ministério perfeito, sem nenhum deslize ou insegurança. O apóstolo maior está vivo para restaurar esse ministério que trará a autoridade de governo para conquista de novos territórios (Hb 3:1).

2. Os apóstolos enviados para pregarem a Israel. O Senhor Jesus comissionou os seus apóstolos para uma obra específica que outros não poderiam realizar, caso não fossem comissionados. A perseguição apostólica em Israel era dura, pois partia das autoridades religiosas. A missão de falar àquela Nação se tornava um grande desafio, pois a consciência messiânica era distorcida e exclusivista (Lc 11:49).

3. Os apóstolos enviados para pregarem às Igrejas. Este tipo de missão é uma
chamada direcionada a homens aos quais Deus preparou para cuidarem da Igreja e para doutrinarem o Seu povo na doutrina dos apóstolos. Isso significava fidelidade na reprodução do Evangelho do Mestre (II Co 8:23 / Fp 2:25). Na versão hebraica a visão de “apóstolo” se estende mais ainda, pois há
diretrizes e autoridade para que estes administrem os tesouros da casa de
Deus. Em hebraico Shãlíah (Apóstolo) significa “homem revestido de
autoridade, autoridade espiritual, guardador da autêntica mensagem, dotado
de poder para agir em lugar daquela autoridade que o comissionou,
responsável para administrar os tesouros do Pai” (anotações dos teólogos
Rengstorf e Gregory Dix).

A origem dos Apóstolos e suas funções específicas
Jesus escolheu 12 homens para sua companhia e lhes conferiu autoridade.
Jesus os preparou e os formou. A consciência apostólica do Messias foi a de
formar doze homens que pudessem dar continuidade à sua missão. Nesta missão detectamos a autoridade delegada, que vem a ser diferente das outras
autoridades, pois a equipe de apóstolo era responsável por manter a DOUTRINA de Cristo. (Mt 10:2 / Mc 3:14; 6:30 / Lc 6:12-13; 9:10; 17:5; 22:14; 24:10). Para tal, o Senhor lhes confiou ministérios distintos e missão específica.

• Pregar o evangelho com autoridade - Libertação dos cativos.
• Ter autoridade para curar - Cura da alma e do físico.
• Ter autoridade para expulsar demônios - Guerra espiritual.
• Caminhar nos passos de Jesus - Reproduzir em outros o seu caráter.
• Confessar e levar o povo à confissão de que Jesus é o Messias, o Redentor
da Humanidade (Mc 8:29).
• Entender que Ele é a pedra apostólica - A igreja nasce dele e não de Pedro
(Mt 16:18).
• Testemunhar de Cristo e fazer as mesmas obras - Ser por Ele formado, e no
Seu próprio ensino.
• Levar a ressurreição como mensagem de esperança (At 1:22; 2:32; 3:15;
13:31).
• Levar a mensagem de poder para toda a terra (At 1:8; 2:24-36; Rm 1:4-16).
• Ministrar a obra do Espírito Santo (João 14:17; 20:21; 15:26-27; 14:26;
16:13-15).
• Preservar a doutrina dos apóstolos (At 2:42; I Jo 2:19).
• Saber que são a coluna e alicerce da visão (Gl 2:9; Ef 2:20).
• Estar no chamado como assessores do julgamento messiânico.
• Saber que é o Senhor quem os honra - Não aguardar reconhecimento humano (Ap 21:14).
É de suma importância que saibamos que o Senhor entregou autoridade para a
Igreja. Essa autoridade foi mutilada pelo espírito de Roma, o qual intentou
paralisar a obra da igreja. Porém, o tempo de restauração está chegando. O
tempo profético precedeu o apostólico. Estamos conscientizados de que
estamos num novo e importante momento na história da Igreja, momento de
restaurar este ministério de tamanha relevância; ministério que estava em
casulos, mas que neste momento histórico é ressuscitado. Cremos que os doze são o chamamento de Deus para uma verdadeira restauração nos dias atuais, pois, até mesmo nos arraiais evangélicos, não se havia entendido a importância desse mover que está trazendo milhões de pessoas aos pés de Jesus.
Há um verdadeiro mover de unidade entre os salvos, e se firma
a consciência missiológica de cada líder e ministro de célula. Isso nada
mais é que a restauração apostólica. Não vamos deixar a hora de Deus passar;
é tempo de abrir o coração para entender o que Deus quer fazer (I Co 15:5 /
Lc 10:1).

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