sexta-feira, 23 de outubro de 2009

PALAVRA DO PASTOR


A oração de nosso Senhor no Getsêmani

quem pense que a oração de nosso Senhor no Getsêmani, quando o seu suor se transfor­mou em gotas de sangue, foi devido à fraqueza de sua carne, ao temor que tinha de beber o cáli­ce. De modo nenhum, pois a oração no Getsêmani fundamenta-se no mesmo princípio de 1 Samuel 15:22. É a oração suprema na qual nosso Senhor expressa sua obediência à autoridade de Deus. Nosso Senhor considerava o obedecer à auto­ridade de Deus mais importante do que o sa-crificar-se sobre a cruz. Ele ora sinceramente para conhecer a vontade de Deus. Ele não diz: "Eu quero ser crucificado, eu tenho de beber o cálice." Simplesmente insiste em obedecer. Na realidade, diz: "Se houver possibilidade de não subir à cruz", mas ainda aqui não é a sua von­tade que se destaca. Imediatamente ele conti­nua, dizendo: "mas seja feita a tua vontade."

A vontade de Deus é absoluta; o cálice (isto é, a crucificação) não é absoluto. Se Deus prefe­risse que o Senhor não fosse crucificado, então ele não teria de subir à cruz. Antes de conhecer a vontade de Deus, o cálice e a vontade de Deus eram duas coisas separadas; contudo, depois que tomou conhecimento que era de Deus, o cálice e a vontade de Deus se mesclaram numa só coisa. A vontade representa autoridade. Portanto, para conhecer a vontade de Deus e obedecê-la é pre­ciso sujeitar-se à autoridade. Mas como alguém pode sujeitar-se à autoridade se não ora ou não tem desejo de conhecer a vontade de Deus?

"Não beberei, porventura, o cálice que o Pai me deu?" disse o Senhor (João 18:11). Aqui ele sustenta a supremacia da autoridade de Deus, não de sua cruz. Mais adiante, tendo compreen­dido que beber o cálice — isto é, ser crucificado para expiação — é a vontade de Deus, imedia­tamente diz: "Levantai-vos, vamos!" (Mt. 26:46). Indo à cruz ele realiza a vontade de Deus. Conse­quentemente a morte do Senhor é a mais alta expressão de obediência à autoridade. Mesmo a cruz, o ponto culminante do universo, não pode ser mais importante do que a vontade de Deus. Jesus considera a autoridade de Deus (a vontade de Deus) mais importante que a sua própria cruz (seu sacrifício).

No servir a Deus não somos chamados à ab­negação ou ao sacrifício, mas a cumprir o pro­pósito de Deus. O princípio básico não é o de escolher a cruz mas de obedecer à von­tade de Deus. Se o princípio sobre o qual tra­balhamos e servimos inclui rebeldia, então Satanás receberá e desfrutará a glória mesmo através de nossos sacrifícios. Saul poderia ofere­cer bois e ovelhas, mas Deus jamais os aceitaria como sacrifícios oferecidos a ele porque havia um princípio satânico envolvido. Eis por que as Escrituras declaram que "a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e a obstinação é como a idolatria e culto a ídolos do lar" (1 Sm. 15:23).

Na qualidade de servos de Deus, a primeira coisa que temos de fazer é travar relações com a autoridade. Entrar em contato com a autoridade é coisa tão prática como entrar em contato com a salvação, mas é uma lição mais profunda. An­tes de podermos trabalhar para Deus temos de ser conquistados por sua autoridade. Todo o nosso relacionamento com Deus é regulado pelo fato de termos ou não travado relações com a autoridade. Em caso afirmativo encontraremos a autoridade em todos os lugares, e sendo assim governados por Deus, podemos começar a ser usados por ele.

Pr.Medeiros

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