quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

A obra de Deus



O Quebrantamento Libera a Vida

Leitura: "O amor jamais acaba; mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará" (l Coríntios 13.8).

"Cresçamos em tudo Naquele que é a cabeça, Cristo, de quem todo o Corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor" (Efésios 4.16).

"Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós. (...) Nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação, não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem (...) as que se não vêem são eternas" (2 Coríntios 47, 17,18).

Existem duas maneiras de servir o Corpo: uma, através do dom, é objetiva; e a outra, através da cruz, trabalhada, lavrada interiormente pelo Espírito, é subjetiva. Em algumas igrejas locais1, Deus precisa usar uma dessa maneiras e, em outras igrejas locais, Ele pode usar a outra. O dom espiritual pode ser chamado de "empréstimo Divino": o Senhor empresta Seu próprio poder e dons a você. Isso é algo realmente fora de você, separado de você. Tomemos Sansão como exemplo: ele podia fazer muitas coisas incomuns, coisas bem singulares e diferentes de todas as outras; todavia, o homem mesmo não era de modo algum incomum aos olhos de Deus. Deus simplesmente empresta Seu poder a pessoas comuns por algum tempo porque Ele tem uma necessidade especial, mas isso não significa que o indivíduo é uma pessoa de santidade ou de valor espiritual especial. Na verdade, mais tarde ele pode até dar provas de ser o contrário disso.

NÃO FAZER, MAS SER

Hoje a igreja organizada enfatiza o que a pessoa diz e o que faz, mas presta pouca atenção àquilo que a pessoa é. Muitos obreiros jovens desejam ardentemente falar com poder e elo­qüência, anseiam falar de forma brilhante a fim de mover e ajudar as pessoas. Eles falham em reconhecer que este não é o ponto vital. A questão vital é: quem e o que você é? O que tem valor, a questão de superior importância não é que você tenha recebido um dom e, por isso, seja capaz de falar, mas sim que você conhece o Senhor e, por isso, pode falar.

Não reunimos um grupo de jovens obreiros aqui[1] visando ensinar doutrinas e até mesmo a Bíblia a eles, ou para ensinar-lhes a pregar o evangelho ou a buscar dons e mesmo o poder, mas para ajudá-los a ser melhores homens e mulheres, aprender a cruz. Existem muitos lugares aos quais eles poderão ir em busca dos dons ou para aprender a pregar, mas não onde possam aprender a cruz. Se a esperança deles é adquirir mais conhecimento e dons a fim de ajudar os outros, então aqui[2] não é o lugar.

Os dons são necessários? Sim, eles são, até certo ponto. To­davia, não devem continuar além do ponto em que o Senhor busca interrompê-los para trazer a operação da cruz, o que­brantamento, o enfraquecimento e o conhecimento do Senhor - nesse sentido não precisamos de expressões sobrenaturais. Pelo fato de a boca falar do que está cheio o coração, e porque Cristo foi trabalhado interiormente pelo Espírito Santo que ha­bita interiormente, é que posso expressar a vida interior Dele. Podemos dizer hoje exatamente a mesma coisa que dissemos dez ou quinze anos atrás, mas será algo totalmente diferente. "Sim, eu conhecia e cria nestas coisas, mas agora elas foram interiormente trabalhadas no meu próprio ser. Sou eu, isto é, Cristo em mim."


[1] A expressão "igreja local" não é um nome próprio nem se refere a uma congregação de determinada denominação ou grupo cristão, mas indica simplesmente a igreja em uma cidade, como a igreja em Jerusalém ou a igreja em Corinto.

Pr.Medeiros & Nazaré

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