domingo, 7 de novembro de 2010

A LUTA CRISTÃ PELA FIDELIDADE CONJUGA - I

 UM MATRIMÔNIO DIGNO EM UMA SOCIEDADE ADÚLTERA

A prática do adultério na sociedade contemporânea é mais comum do que muitos gostariam de admitir.
 A tolerância social para com o adultério é claramente propagada pela mídia e “encarada” como atividade normal no cotidiano das pessoas. Dessa forma, o relacionamento monogâmico não é mais interpretado como uma virtude, mas como um comportamento ultrapassado.
Prs. Medeiros & Nazaré

 Além do mais, a “sensualidade legal” da cultura brasileira influencia não apenas os incrédulos, mas infelizmente os membros da igreja cristã. Ainda que os cristãos tenham ciência das conseqüências devastadoras do adultério, pouco se faz com o objetivo de evitá-lo e muitos “flertam com o inimigo ao lado”.

 Neste artigo,  abordaremos três tópicos relacionados ao adultério: seus mitos sociais, a necessária atenção dos cônjuges cristãos para com as carências básicas da esposa e do marido e, por fim, a apresentação de alguns princípios bíblicos para se evitar o pecado da infidelidade conjugal.

A pressuposição básica deste ensaio é que Deus, aquele que estabeleceu o padrão monogâmico para o relacionamento conjugal, revelou em sua Palavra um número suficiente de princípios e diretrizes que permitem aos cristãos manterem a fidelidade no matrimônio mesmo em uma sociedade adúltera.
PALAVRAS-CHAVE
Família Simões
Adultério; Imoralidade; Tentação; Relacionamento conjugal; Fidelidade; Santidade matrimonial.


Na sociedade contemporânea, o relacionamento monogâmico não é mais interpretado como uma virtude, mas como um comportamento compulsório ultrapassado.

 Grande parte dos casamentos tidos por monogâmicos são marcados por “casos” extraconjugais, normalmente clandestinos. Se por um lado em alguns países de orientação mulçumana o adultério é considerado crime sujeito a pena de morte por apedrejamento, no Brasil o mesmo foi excluído, mediante decreto-lei, da categoria de crime contra o casamento, podendo ainda ser considerado um motivo para o divórcio. Nesse contexto, muitos adultos são motivados a buscar novas formas não-monogâmicas de relacionamento.
Rui Lira & Neta

Na internet, o Grupo Poliamor defende a relevância de envolvimentos românticos e/ou sexuais com mais de uma pessoa. Aliás, o adultério virtual é uma das práticas mais comuns na sociedade informatizada. Segundo a jornalista Daniela Pinheiro, a internet criou uma nova maneira de ser infiel: começa com mensagens, evolui
para confidências, logo entra no reino das fantasias sexuais. Quando menos se espera, o marido ou a mulher já estão teclando sem parar com um desconhecido.

Mesmo que nunca se transfira para a vida real, a traição machuca do mesmo jeito. Por mais alarmantes que sejam essas informações, o fato é que o adultério é mais comum do que muitos gostariam de admitir.
Medeiros & Nazaré
A tolerância social para com o adultério pode ainda ser observada através da popularidade das manchetes sobre casos de infidelidade conjugal, tanto em programas sensacionalistas como nas revistas semanais, e até nos filmes de sucesso. Dentre as produções cinematográficas, há que se destacar “O Paciente Inglês”, “O Príncipe das Marés” e “As Pontes de Madison County”. A infidelidade conjugal se tornou tão comum que, embora ainda haja certo sentimento público de rejeição da infidelidade deliberada, ela não é mais percebida como um desvio social.

Marcus & Cleide
Infelizmente a aceitação generalizada do adultério não é uma característica apenas da sociedade não-cristã, mas atinge também a igreja. Embora os cristãos interpretem o casamento como uma dádiva divina para a realização sexual e para a preservação contra a impureza sexual (ver 1Co 7.1-5), eles também entendem que essa união não é um remédio definitivo e infalível contra a infidelidade conjugal. Há vários relatos de adultérios e escândalos sexuais na Bíblia e a história do cristianismo não esconde o fracasso de grandes santos do passado. Ray Stephens corretamente observa que hoje em dia vivemos em meio a um terremoto moral que abala as nossas igrejas. O crente mais experiente, bem como aquele que aparenta mais maturidade, não está isento de sentir esses efeitos.

 Em 1988, a revista americana Leadership realizou uma pesquisa com cerca de mil líderes cristãos e constatou que 23% haviam se envolvido em condutas impróprias com terceiros. Na mesma ocasião, uma pesquisa foi feita com assinantes da revista Christianity Today e o resultado alarmante foi que 45% haviam se
envolvido em relacionamentos sexualmente impróprios. No Brasil, os dados não são muito diferentes, pois também entre os evangélicos brasileiros a sexualidade foi transformada em licenciosidade, essa visão distorcida sendo progressivamente imposta como “natural” em muitas igrejas e “comunidades.”
Veridiano & Quitéria
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 Parece correto afirmar que a “sensualidade legal” da cultura brasileira, com as suas indulgências aceitáveis, vem comprovando a teoria de que não existe pecado do “lado de baixo do equador”, anestesiando e até cauterizando a mente de alguns cristãos. Stephens observa que “houve um tempo em que as notícias sobre adultério nas igrejas eram raras, agora elas são freqüentes”.
Além do mais, “parece que não conseguimos atravessar um mês sem que cheguem aos nossos ouvidos novas notícias de pastores que tiveram os seus ministérios tragicamente interrompidos por falhas morais em seu comportamento”.

Jerônimo & Luciene
 Neste contexto, a discussão sobre a insistência de Tomás de Aquino quanto à virtude da castidade como resultado do fruto do Espírito nem ao menos recebe a devida atenção. A infidelidade conjugal destrói casamentos e famílias, trazendo grandes prejuízos sociais, econômicos, emocionais e espirituais. Segundo o sábio bíblico,“só mesmo quem quer arruinar-se é que pratica tal coisa” (Pv 6.32). Contudo, ainda que alguns tenham ciência das conseqüências devastadoras desse ato, pouco se faz com o objetivo de evitá-lo e não são poucos os que “flertam com o inimigo ao lado”.

 Dessa forma, o presente ensaio objetiva abordar três aspectos relacionados a esse tema: os mitos sociais que envolvem o adultério, a necessária atenção dos cônjuges cristãos para com as carências básicas da mulher e do homem e, por fim, a apresentação de alguns princípios bíblicos para se evitar o pecado da infidelidade conjugal.

Continua......

Pr.Medeiros & Nazaré

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