segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O Resgate Em Foco: A Relação entre Jesus e o Templo


Como já foi explicado anteriormente, o Tabernáculo e o Templo de Salomão (o primeiro Templo), bem como o homem, são compostos por três partes principais: o pátio, o Santo Lugar e o Santo dos Santos. Desta forma, não há como não falarmos sobre o Senhor Jesus sem falar do Templo. A relação entre ambos é tamanha que é impossível dissociar, visto que o Templo fora todo planejado a fim de representar a salvação por meio de Jesus Cristo. Para entender melhor, vamos aos fatos.
Sempre que o Tabernáculo era montado, a cada vez que o povo de Israel parava no deserto, ele era organizado de dentro para fora, ou seja, a primeira parte a ser armada era o Santo dos Santos, e assim por diante os elementos eram dispostos até chegar ao átrio. Isso significa dizer que Deus inicia Seu tratamento espiritual em nós a partir de dentro, daquilo que temos de mais interior: o espírito. É interessante frisar também que as divisões do Templo correspondem às partes referentes ao ser humano, a saber: o corpo, a alma e o espírito.
Observando o gráfico acima, percebemos que o pátio (A) era composto pela porta, o altar e a pia. Essa relação significa que todo o Templo fora construído já se pensando na presença do Senhor Jesus. Ou seja, a porta, local por onde temos acesso aos lugares, inclusive no Templo, representa Jesus. Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens João 10:9.
Isso significa que assim como temos acesso ao Templo, entrando por uma porta, para termos acesso a Deus, temos de entrar pela Porta chamada Jesus.  Pelo mesmo gráfico, é possível observar que da porta até o Santo Lugar (B), forma-se uma cruz (trajeto em vermelho, da porta até o Altar de incenso) e, acima dela, onde está o Santo dos Santos (C), encontra-se a Arca da Aliança (em amarelo), que simboliza a presença de Deus.
A porta do Templo simboliza Jesus Cristo e sacrifício (veja no gráfico). Por meio do Seu sacrifício de morte por cruz, passamos a ter acesso não apenas no Santo Lugar, visto que o véu se rasgou, mas à salvação. Porém, cada pessoa que decide entrar por esta Porta deve, tal qual Jesus, realizar seu sacrifício diário para obter a salvação. Ou seja, assim que entramos pela Porta, deixamos o mundo para trás e abandonamos nossas próprias convicções, vontades e desejos carnais.
Dado este passo, vem o segundo, que é o Altar (observe no gráfico, que é o primeiro lugar depois da porta). Assim que entramos pela Porta, vamos de encontro ao Altar, onde temos a oportunidade de morrer para a vida, a fim de vivermos uma nova com Deus. No altar havia o sacrifício de animais, que desprendiam um cheiro, que para Deus era como o de incenso. Assim também acontece conosco quando sacrificamos nossa vida no Altar. O cheiro que exala de nossa vida, a saber, o bom perfume que passamos a ter após o encontro com Deus, O agrada sobremaneira. Assim queimarás todo o carneiro sobre o altar; é um holocausto para o Senhor, cheiro suave; uma oferta queimada ao Senhor (Êxodo 29:18)
Quando saímos dali, encontramos a pia. Nela, após termos um verdadeiro Encontro com Deus, o primeiro desejo que nos vêm é o do batismo nas águas. Por meio dele, consolidamos a nossa morte, para ressurgirmos lavados dos nossos pecados e limpos de toda a impureza. De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida Romanos 6:4
Perceba a importância da organização interior do Templo de Salomão. Todo ele foi pensado e construído com o propósito da salvação através do Senhor Jesus. No pátio, por exemplo, (onde fica o altar e a pia), não havia cobertura. Significa dizer que o cristão que passa pela porta (Jesus), sacrifica suas vontades (no Altar) e em seguida se batiza (na Pia), ainda permanece no pátio, ficando exposto a todos os tipos de variações de clima e temperatura. Ou seja, por estar desprotegido, pode, facilmente, receber trovoadas, chuvas e vendavais de problemas. Algo que todo cristão tende a passar naturalmente, assim que aceita Jesus como seu único Senhor e Salvador.
Então, após o cristão passar por todas essas tribulações, ele entra no Santo Lugar, que representa a nossa alma. Neste momento, o nascido de Deus busca obter uma aproximação maior com o Criador. Assim, ele participa e come dos pães, que é a Palavra de Deus e a representação do próprio Senhor Jesus, e se sacia do Espírito Santo, que está tipificado na Menorá ou Candelabro (Leia Zacarias 4:6). Desta forma, o cristão pode se considerar apto a participar do Altar do Incenso, que nada mais é do que a oração.
Isso não quer dizer que a pessoa que não possui o Espírito Santo esteja impedida de orar, mas significa que é neste momento de aproximação e intimidade com Deus, representado no Santo Lugar, que as orações do cristão são realizadas com verdade, sinceridade e pelo Espírito Santo, haja vista ele não estar mais orando em favor de seus desejos ou vontades carnais, mas segundo a vontade de Deus.
Note que existe uma diferença muito grande entre as orações realizadas no pátio e no Santo Lugar. Enquanto que no primeiro oramos sem entendimento e de acordo com nossas vontades, no segundo, oramos com temor, reverência e desejando satisfazer os desejos do coração do Pai.
Sendo assim, finalmente, após o cristão passar por todo este caminho espiritual, chega o momento de ele adentrar no Santíssimo Lugar ou no Santo dos Santos (C). Neste local, há somente a Arca da Aliança, representando a presença de Deus. O que aprendemos com isso, então, é que com o sacrifício de Jesus, podemos ter acesso a Ele, mas, se nós também não sacrificarmos a nossa vida em prol da Sua, não conseguiremos chegar até o Santíssimo Lugar e, tampouco, alcançaremos a salvação eterna.
Portanto, se almejamos salvar a nossa alma, devemos observar o exemplo do Senhor Jesus para todos nós, que foi e é o de sacrificar. Como podemos ver no gráfico, o sacrifício está na porta, nos dizendo que somente por este meio existe a possibilidade de chegarmos até Deus.

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