segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

PALAVRA DO PASTOR


O Ministério Profético

Leitura: "Quanto a nós [os apóstolos,] nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra" (Atos 6.4).

"A uns estabeleceu Deus na Igreja, primeiramente, após­tolos; em segundo lugar, profetas; em terceiro lugar, mes­tres; depois, operadores de milagres; depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas. Porventura, são todos apóstolos? Ou, todos profetas? São todos mestres? (...) Entretanto, procurai, com zelo, os melhores dons. (...) Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres" (1 Coríntios 12.28-31; Efésios 4.11).

"Havia na igreja de Antioquia profetas e mestres: Barnabé, Simeão, por sobrenome Niger, Lúcio de Cirene, Manaém, colaço de Herodes, o tetrarca, e Saulo" (Atos 13.1).

"Segui o amor e procurai, com zelo, os dons espirituais, mas principalmente que profetizeis. Pois quem fala em outra

língua não fala a homens, senão a Deus, visto que ninguém o entende, e em espírito fala mistérios. Mas o que profetiza fala aos homens, edificando, exortando e consolando. O que fala em outra língua a si mesmo se edifica, mas o que profetiza edifica a igreja" (1 Coríntios 14.1-4).

Com relação aos dons, Deus enfatiza mais fortemente os dons de expressão, tais como profecia e ensino, do que os dons de ação, como curas e milagres. Como o apóstolo disse pelo Espírito: "Quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da Palavra".

Existem dois tipos de dom para a Igreja: os dons de fatos, como milagres, curas, línguas, etc, e os dons de pessoas para ministrar, como profetas, os pastores e mestres e os evangelis­tas. Esses dons - de pessoas - têm relação com o ministério da Palavra de Deus.

Os dons de cura e milagres não nos dão mais da vida de Cristo interiormente. Eles atestam a Palavra de Deus, e isso é tudo; relacionam-se com questões exteriores e não interiores. O ministério da Palavra de Deus, entretanto, pelo dom de profetas, mestres e outros, edifica a vida espiritual interior da Igreja.

PROFETAS E MESTRES

Creio que o Senhor deseja que examinemos particularmente os ministérios de profeta e mestre. No Antigo Testamento, vemos dois tipos de profeta: os que predisseram acontecimen­tos futuros, como Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel, e outros, como Elias e Eliseu, dos quais a maior parte da obra não foi revelar acontecimentos futuros, mas explicar os de seu tempo. Eles deviam expressar qual era o pensamento de Deus em Seus atos naquele tempo, por que estava fazendo e o que estava fazendo. Eles deviam explicar as ações de Deus, por assim dizer, e, à luz do que Deus estava fazendo e do que estava em Sua mente, deviam exortar o povo. João Batista foi o mais proemi­nente desses profetas no Novo Testamento. Como outros antes dele, João expressou a mente atual de Deus. Desse modo, os profetas tinham um lugar distinto; ninguém poderia ser mais importante do que eles.

Os mestres, por sua vez, tomam a Palavra de Deus e a co­locam diante do povo, explicando-a. Eles nunca são mencio­nados sozinhos; geralmente são acompanhados pelos profetas ou pastores. Deus não designou os homens para serem apenas mestres. Deus não quer nenhuma doutrina ou ensinamento que tenha apenas valor acadêmico e não valor espiritual. Sim, Ele tem usado alguns como mestres, mas este é um ministério limitado, pois visa apenas a dar entendimento e luz na Palavra e ser capaz de passar isso claramente aos outros, partindo a Palavra em pedaços ou juntando suas partes num todo.

Tudo isso é objetivo; é um entendimento que veio do exterior, da Palavra, e não a luz que veio de um conhecimento real de Deus e de andar com Ele. Esse entendimento da Bíblia e a trans­missão dele conduz a muitas dificuldades mentais e a um estudo incessante visando a solução delas. Isso, porém, não é vida.

Mas haverá um dia quando o Senhor tomará você e lhe mostrará que o verdadeiro problema não é a Bíblia, mas você mesmo; que tudo o que você pesquisou e achou foi exterior, mental, sem valor, na esfera do conhecimento e não na esfera da vida.

Para que você seja um profeta, três coisas são necessárias e indispensáveis:

1. A preparação como vaso: o Espírito quebrando você, tratando você, aplicando a cruz, levando-o à morte e operando dentro de você a vida de Cristo. Em outras palavras, uma história secreta com Deus.

2. Um encargo interior, dado por Deus: um pensamento que se torna um encargo.

3. Condições para expressar tal encargo, expressão para aquele pensamento: uma interpretação e expressão ní­tidas dele.

Existe o dom de profecia que pode se manifestar por meio de línguas ou declarações sobrenaturais, sob o Espírito derramado, mas isso é uma forma temporária de Deus agir quando não há ninguém com profundidade, história e maturidade espirituais a quem possa usar como vaso inteligente para a edificação da Igreja.

Pr.Medeiros

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