terça-feira, 18 de maio de 2010

Divórcio


A IMPORTÂNCIA PRÁTICA DE SE COMPREENDER AS PERSONALIDADES NOS RELACIONAMENTOS: O CASAMENTO

Divórcio X Emocional

Emoções X Razões


Quando nos envolvemos em um relaciona­mento, seja com o cônjuge, um amigo ou um colega de trabalho, partimos do nível da personalidade. Cada pessoa na união traz consigo duas bagagens, uma contendo seus pertences do passado (dor, rejeição, percepções e subjetividade) e, a outra, sua personalidade. De imediato, podemos ver que há possibilidades de conflito.

OBSERVAÇÃO:

Deixe-me ilustrar. Uma mulher pode se casar trazendo consigo sentimentos de insegurança e insuficiência quando comparada a sua irmã mais talentosa e intelectual. Ela traz na bagagem, a personalidade de um pensador. Seu marido pode estar entrando no casamento com uma bagagem repleta de experiências ruins com as mulheres, a começar por sua mãe, que ainda tenta controlá-lo, e o único método de que tem se utilizado com suces­so para lidar com a questão é a fuga. Na bagagem que traz a sua personalidade, há um realizador. Após vários anos de matrimônio, os conteúdos destas diferentes bagagens começam a entrar em conflito.

Os dois, constantemente, procuram por mensagens que confirmem suas avaliações sobre o companhei­ro. Tudo o que ele faz, quando percebido por ela em sua grade de emoções, parece provar que ela não tem valor no relacionamento, enquanto que tudo o que ela faz o convence de que as mulheres, até mes­mo sua esposa, tentam controlá-lo e devem ser evita­das. A lacuna no relacionamento começa a se ampli­ar até chegar ao ponto do divórcio emocional. Este fenômeno é caracterizado pelas emoções cami­nhando para o divórcio, enquanto que a razão se recusa a acompanhar. Isto causa grande conflito. Assim, é preciso buscar justificativas intelectuais para as suas emoções.

A Solução

Neste momento, há duas coisas que podem solucionar o conflito: o entendimento e a cruz. Por meio do entendimento da personalidade e das neces­sidades legítimas de sua esposa, como o fato de que, em sendo uma pensadora, ela acha que é ama­da quando algo especial é realizado em seu favor, ele poderia começar a demonstrar afeto por meios que lhe pareçam pequenos e insignificantes. Por sua vez, ela pode percebê-lo como um realizador que não gosta de ser controlado, que expressa seu amor por meio de grandes acontecimentos e que tem no tempo seu artigo mais valioso. Ao conceder-lhe liberdade e espaço ele equaciona seu julgamento de que receber é importante. Podemos ver que com este tipo de entendimento, a lacuna pode começar a se estreitai". Porém, algo está faltando: a operação da cruz.

A seguinte pergunta deve ser feita a ela: "Consideremos que pelo comportamento do seu marido ele estava lhe dizendo que você não tem valor. Onde, na Bíblia, se justifica sua reação de raiva, fuga e frustração?"

Por sua vez, a pergunta para ele seria: "Consideremos que sua esposa está comunicando que ela quer controlá-lo, porque você não consegue fazer nada certo e que é um fracasso como marido. Nas Escrituras, onde se justifica sua atitude de distanciamento e falta de amor?" A Bíblia não afirmará as respostas em nenhum dos casos.

Devemos sim entender a personalidade das pessoas. Porém, não há desculpas se recusarmos amar e a negar a nós mesmos. Em um relaciona­mento, entender a personalidade é importantíssimo, mas tomar a cruz e negar-se a si mesmo são indis­pensáveis. A cruz que traz a autonegação, a liber­dade para que os outros nos ofendam e o amor dos nossos irmãos, podem trazer felicidade, alegria e frutos, até mesmo quando nunca entendemos a personalidade.

Quando se toma a cruz e se aplica o enten­dimento, veremos que o relacionamento retoma o nível da personalidade.

Pr.Medeiros


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